Não é segredo que atualmente existem mais ameaças à nossa segurança digital do que nunca. Infelizmente, existe muito pouco que podemos fazer como indivíduos para nos defender de cyber-ataques e proteger os nossos dados, visto que esse papel cabe maioritariamente às empresas detentoras dos mesmos.
No entanto, existe uma ameaça na qual podemos ter um papel ativo: o ransomware – um software maligno que bloqueia o acesso e rouba ficheiros privados, e cujas vítimas, por norma, são forçadas a pagar para reaver os ficheiros. Em 2017 ocorreram diversos ataques e as previsões apontam para que os números continuem a aumentar, principalmente direcionados à Cloud.
Por isso, apesar de não conseguirmos controlar ou mudar a forma como as empresas gerem os nossos dados, Peter Gasca sugere algumas precauções que podemos tomar para nos proteger.
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Proteger o email
O email é o centro da nossa presença digital. Usamos não só para contactar com outras pessoas e transmitir informações importantes, mas também para autentificar contas em sites e plataformas, e recuperar passwords. A partir do momento que um hacker tem acesso ao nosso email, rapidamente consegue aceder às nossas restantes contas online. Nesse sentido, é importante (e estamos fartos de ouvir isso) não partilhar credenciais ou passwords e alterar periodicamente.
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Definições de segurança
Todos partilhamos informação online, não é surpresa na era da social media. Infelizmente, os hackers aprenderam a usar a informação que partilhamos – desde o local de residência, nomes de familiares e amigos, etc. – para espelhar os nossos comportamentos e ter acesso a serviços importantes, como bancos e outros serviços. Torna-se crucial estabelecer definições de privacidade apertadas, especialmente nas redes sociais, para evitar este tipo de situações – já que a opção de partilhar menos pode não ser tão atrativa.
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Passwords à prova de bala
Estamos todos fartos dos requisitos para definir uma password – letras maiúsculas, minúsculas, um número, um sinal de pontuação, uma promessa de sangue, ter de ser escrita enquanto fazemos o pino. Torna-se tão difícil que até nos esquecemos! Infelizmente temos de admitir que é uma chatice necessária. Os hackers sabem que as passwords são o calcanhar de Aquiles do comum mortal, e usam as informações facilmente encontradas sobre nós – nomes de ruas, dos filhos ou animais de estimação, universidade – para descobrir a nossa password através de um algoritmo. O melhor é continuar a fazer promessas de sangue e definir passwords fortes.
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Autenticação com 2 passos
Este método de verificação tornou-se mais frequente recentemente, e complementa a super password definida com a envio de um código para o email ou telemóvel. Pode parecer um passo extra desnecessário, mas pode fazer toda a diferença.
A cybersecurity é um tema recorrente, especialmente face às ameaças que estão constantemente à espreita. Podemos fazer a nossa parte para garantir a nossa segurança online, começando com os pequenos passos apresentados.