O ano de 2018 ainda agora começou, mas já estamos com os olhos no futuro. Que tipo de tecnologia terá maior crescimento e impacto este ano? O que isso significa para a sociedade e para os profissionais? Estamos prontos para a mudança? As perguntas acumulam-se quando nos referimos ao mundo tecnológico.
Já não restam dúvidas de que as empresas têm de ser rápidas para acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos. Os primeiros a arriscar são os primeiros a ganhar vantagem competitiva. O importante é perceber o caminho a seguir, por isso salientamos algumas previsões do IDC para 2018.
1. Transformação Digital, aqui e agora
Os líderes das empresas e gestores devem ter atenção à bomba-relógio que rapidamente se aproxima do zero e marca o tempo limite para a digitalização dos seus processos, produtos e serviços. Segundo o IDC, as empresas que não sejam capazes de digitalizar a sua oferta e operações nos próximos 3 anos terão de competir por uma pequena porção de oportunidades no seu segmento de mercado.
Porém, as previsões apontam para que 60% das empresas tenham uma estratégia definida e iniciem a implementação de uma plataforma de transformação digital até 2020. Esta plataforma, habilitada por API, deve ser capaz de desenhar sistemas e de recolher e integrar dados com o objetivo de criar uma rede interligada entre parceiros, clientes e fornecedores.
Algumas empresas têm plataformas digitais já desenvolvidas para funções isoladas, mas menos de 10% tem uma plataforma integrada para a totalidade da empresa. Sendo uma plataforma alimentada por dados, o seu desenvolvimento deve envolver as várias áreas da empresa de modo a interligar processos e impulsionar o estabelecimento de uma inovação digital sustentável.
2. Na nuvem? Na Cloud 2.0
A Cloud está a evoluir de modo a conseguir dar resposta às novas necessidades do mercado. A denominada Cloud 2.0 representa uma estrutura intelligence-driven que melhora continuamente a sua segurança e análise de dados, tirando vantagem da Cloud para levar o negócio a outro nível.
A gestão e integração de recursos transversais às plataformas de Cloud passarão a ser capacidades cruciais. Paralelamente, os fornecedores de Cloud estão a reconhecer as novas necessidades e a desenvolver soluções multicloud, visto que está previsto que 90% das empresas usem diversos serviços e plataformas de Cloud até 2020, sendo que o foco passará a estar na gestão de segurança.
Uma das estratégias a implementar será o desenvolvimento de um framework de integração estruturado e aplicado desde o início a todas as plataformas de Cloud utilizadas. Desta forma evitando que os processos tenham de ser revisitados e reinventados e garantindo uma maior agilidade às plataformas. A parceria inicial com fornecedores públicos de Cloud e fornecedores de serviços de integração também representará uma mais-valia e uma forma de influenciar os frameworks usados posteriormente para a integração.
3. Inteligência Artificial: entre dúvidas, ela vem aí
A batalha dos tempos modernos: humanos versus máquinas. E as dúvidas que permanecem: quais são os impactos da Inteligência Artificial e da automação? Está previsto que até 2019, 40% das iniciativas de transformação digital integrem Inteligência Artificial nos seus serviços, e que até 2021, 90% dos consumidores interajam com bots.
Alexa, Siri, Ok Google tornam-se gradualmente parte do quotidiano dos consumidores, mas do lado das empresas ainda permanece muito potencial por utilizar para comunicar e superar as expetativas dos clientes – do serviço ao cliente, marketing, analytics, até à robótica.
Em termos de talento humano, está previsto que até 2020, 85% das funções técnicas de operações sejam distinguidas pelas suas competências analíticas e referentes à Inteligência Artificial, o que irá permitir o desenvolvimento de projetos alimentados por dados sem a necessidade de recrutar pessoas especialistas nessa área.
Além disso, o segmento profissional a ter em atenção é o dos Developers, visto que isso permitirá compreender como e quão rápido a IA irá criar raízes nas empresas, estando previsto que a computação cognitiva, Inteligência Artificial e machine learning sejam os segmentos de software development com maior destaque.
4. Blockchain, é um questão de confiança
Uma das questões fundamentais que ameaça o avanço da economia digital é a falta de confiança, que continua a ganhar significância devido a várias falhas de segurança que chocam o público e fomentam o medo. Fortalecer a confiança digital deve ser uma prioridade para as empresas, e neste sentido entra a tecnologia Blockchain, conhecida sobretudo pelo seu âmbito da Bitcoin, mas que pode ser adaptada a várias áreas.
Com o seu núcleo na “Distributed Ledger Technology (DLT)”, o objetivo de uma Blockchain é conseguir um consenso sobre transações através de uma integridade criptográfica notável, dificultando o acesso de fontes mal intencionadas.
Segundo a Forbes, Daniel Newman, CEO do Broadsuite Media Group, afirma que a adoção desta tecnologia não irá ocorrer da noite para o dia, estimando que apenas 20% das empresas de financiamento comercial irão usá-la em 2020, apesar de acreditar que após a implementação não haverá volta a dar.
A previsão do IDC aponta para que em 2020, até 10% das Blockchains incorporarem sensores de IoT, o que irá potenciar a confiança e segurança nos dispositivos de IoT – um constante desafio para a implementação e difusão da IoT.
Perante estas previsões, está pronto para as mudanças que se aproximam?