Empresas investem cada vez mais na relação com alunos universitários, mas sabem o que eles querem?
O aumento da procura por perfis profissionais na área de Engenharia e das TIC exige que as empresas comecem a investir desde cedo na relação com os alunos universitários, de modo a atraí-los e retê-los. Nesse contexto, é necessário compreender o que estes alunos valorizam e que estratégias as empresas podem adotar.
O estudo da Universum revela que em 2017 os alunos de engenharia e TIC preferiram trabalhar nos setores de software, informática e multimédia (23%), na engenharia industrial (21%), e na indústria aerospacial e de defesa (20%). Estes alunos procuram um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (51%), a segurança e estabilidade (42%), a dedicação a uma causa, a possibilidade de ser criativo e empreendedor, e ser desafiado intelectualmente.
Naturalmente, estas preferências e definições variam de país para país. Em Portugal, de acordo com a Spark Agency, os estudantes definem como principais critérios para escolher os seus futuros empregadores o desejo de ganhar experiência que fortaleça a sua carreira, o reconhecimento do mérito e desempenho dos colaboradores, a honestidade, justiça e respeito.
A Google, Microsoft e Bosch ocupam o top 3 de Empresas Mais Atrativas para Trabalhar em Portugal aos olhos dos estudantes de tecnologia e engenharia, segundo o ranking da Spark Agency para 2017. Porém, de uma forma global, nota-se o aumento de profissionais que procuram empresas mais pequenas para trabalhar, pela sua associação a uma atmosfera de trabalho mais descontraída e informal, e por consequência um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Para as grandes empresas isto implica uma mudança urgente para garantir que estão à altura das expetativas e que conseguem atrair o talento que precisam. Como?
-
Criar laços com os estudantes desde cedo
Quanto mais cedo conhecerem a empresa e quantas mais vezes tiverem a oportunidade de contactar com a marca, melhor será a visão daquilo que oferece, da cultura e também daquilo que será esperado enquanto colaborador.
No ambiente das TIC e da engenharia esta necessidade é ainda mais forte no sentido de influenciar os alunos a continuar a investir na área. A Hootsuite, por exemplo, criou um programa para alunos do secundário onde demonstra as possibilidades do mundo da Tecnologia, atribuindo mentores e integrando estagiários.
-
Carreiras flexíveis e muita, muita formação
A motivação passa por conseguir ter controlo da carreira: dê liberdade aos jovens talentos para desenhar a sua carreira, incluindo projetos especiais e de inovação. Este foco a longo-termo irá garantir menores taxas de turnover e maior satisfação.
A formação é um dos elementos mais desejados pelos jovens talentos, porque querem crescer e desenvolver as suas competências. Uma formação contínua não só ajudará a mantê-los motivados, mas também a aumentar o seu desempenho.
-
O essencial é invisível aos olhos? Torne-o visível
As novas gerações têm vindo a atribuir um foco cada vez maior à cultura, ao propósito, à missão. O quê que a sua empresa defende? No que acredita? Faça disso o foco da sua comunicação, e também das ações do dia-a-dia. Os resultados são importantes – disso nunca houve dúvidas -, mas os jovens talentos procuram perceber o porquê de lutar para atingi-los.