Inteligência Artificial: como certos empregos vão mudar.

É certo que um dia a Inteligência Artificial (IA) se tornará num campo de trabalho com formação específica que impulsionará os empregos das próximas gerações.

A verdade é que estamos na vanguarda de uma revolução tecnológica na qual as novas tecnologias terão que se adaptar às pessoas através do desenvolvimento de uma inteligência emocional e o homem tem que aprender a conviver com estas máquinas.

Pensar na relação da IA com o mercado de trabalho numa primeira fase, vai ao encontro dos 4 d’s da robótica como indicado pelo site Forbesdirty, dangerous, dull e dear os quais se inserem nas tarefas de mineração e inspeção de canos de petróleo (dirty), exploração espacial e desarmamento de explosivos (dangerous) e nas linhas de montagem e limpeza de ambientes domésticos (dull) e finalmente quando esta tecnologia permite de forma geral poupar dinheiro e reduzir tempos (dear). Contudo, esta tecnologia de IA já exerce tarefas como atendimento ao cliente, telemarketing e linhas de montagem.

Evoluindo de patamar, também já faz parte integrante da vida corporativa e educativa, no que toca às tarefas mais rotineiras que podem facilmente ser superadas, sendo as áreas da medicina e advocacia as próximas que combinarão a Inteligência Artificial com o trabalho humano. Por exemplo no caso da advocacia, em que a base de trabalho é essencialmente a mesma: basear-se no histórico para definir regras de aplicabilidade a novos casos.

Tendo em conta que a capacidade de processamento da IA para encontrar padrões, analisar dados e variáveis é extremamente superior à do homem e que as nossas tarefas podem passar a ser realizadas com um bom desempenho e a um baixo custo, é uma realidade que a tecnologia venha a eliminar algumas categorias de emprego.

Ainda assim a oportunidade de criação de novas funções e empregos não pode ser de forma alguma descurada. Tal como os engenheiros elétricos que não eram necessários antes de a eletricidade se ter tornado o que é hoje em dia. De facto, estima-se que a Inteligência Artificial vá gerar cerca de 2,3 milhões de novas oportunidades e eliminar 1,8 milhões das existentes, requisitando formações específicas para acompanhar esta evolução.

Obviamente cada setor será afetado de forma diferente, assim como indica um estudo da Gartner que antevê uma diminuição evidente no setor da manufatura mas um aumento em setores como educação e saúde.