O crescimento das empresas e o foco na transformação digital leva à evolução do mercado de trabalho.
Não sobram dúvidas que a evolução tecnológica se faz com pessoas. Por trás de cada robot com inteligência artificial há um programador. Por trás de cada app inovadora há uma mente que compreendeu uma necessidade e assumiu o controlo de encontrar e comercializar uma resposta.
O crescimento das empresas e o foco na transformação digital levou à evolução do mercado de trabalho, que evidencia um foco crescente e constante na procura de perfis tecnológicos, de modo a garantir a sua competitividade e inovação.
Procura de colaboradores ligados às IT aumenta
As funções mais procuradas vão desde software engineer, systems engineer, software developer, business analyst, systems administrator, project manager e network engineer, com o crescimento da procura de novos perfis como data scientist, big data engineer, cybersecurity engineer, Cloud arquitect e smart automation engineer.
O setor das TIC conta com mentes brilhantes, e cabe às empresas perceber como atrair, desenvolver e reter esse talento de que tanto precisam. Estes trabalhadores valorizam sobretudo o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, as perspetivas de progressão na carreira e o ambiente de trabalho. Portanto, as empresas precisam urgentemente de encontrar formas eficazes de adaptar a sua cultura e marca a este público-alvo.
Número de estudantes na área diminui
A nível da educação, a área de “engenharia e técnicas afins” contou com 15,7% de alunos inscritos no ensino superior no ano letivo 2015/2016, número que diminuiu para 15,4% em 2016/2017, de acordo com o INE.
Segundo o Pordata, 9 164 alunos matricularam-se pela 1ª vez no ensino superior num curso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em 2016, e nesse mesmo ano 5 436 alunos receberam o diploma referente a estes cursos. Porém, em 2017 notou-se uma diminuição de 4,7% alunos inscritos.
Nesse sentido, e perante a crescente procura de perfis tecnológicos, torna-se crucial incentivar os alunos a conhecer a área das TIC, fomentando o seu interesse desde cedo e abrangendo uma população o mais diversa possível (a nível de género e de minorias). Isto pode ser feito com a presença em escolas de empresas e profissionais do setor, a adoção de métodos tecnológicos no ensino, a integração nos brinquedos e a apresentação clara das opções profissionais.