Millennials: características e impacto no mercado de trabalho

Millennials: características e impacto no mercado de trabalho

Os Millennials estão em voga. Discutem-se as suas características, o seu impacto no mercado de trabalho e há discordância até no seu período de nascimento.

Afinal quem são os Millennials?

Não existe consenso aparente em relação ao período de nascimento dos Millennials. Cada autor parece propor uma data diferente, mas de uma forma genérica, é a geração de indivíduos que atinge a vida adulta no início do séc. XXI.

Segundo o TechTarget, os Millennials nasceram entre 1981 e 1997. Porém, com 16 anos de diferença, é natural que existam subgrupos, face à etapa da vida que atravessam.

O que os define?

Nasceram e cresceram num ambiente estruturado e com figuras parentais fortes, sendo-lhes incutido o sentimento de que são especiais e que podem e devem seguir os seus sonhos, o que os tornou otimistas e confiantes. Porém, isso também produz expectativas irrealistas, narcisismo e desilusão.

Por natureza, tolerantes à diferença, estando envolvidos em comunidades diversas em termos étnicos, culturais, de linguística e de crenças.

São também uma geração digital, conhecedora das novas tecnologias e com maior facilidade de adoção e adaptação a novos softwares e instrumentos digitais. Sempre ligados, em vários dispositivos simultaneamente, e confortáveis com a ideia de partilhar a vida privada na internet.

Como encaram o mercado de trabalho?

Com a sua entrada no mercado de trabalho, as empresas precisam de perceber as implicações desta geração, de forma a aumentar a retenção e produtividade.

Os Millennials anseiam por empresas e líderes com valores semelhantes aos seus e com interesses além do rendimento económico. Acreditam que a sua lealdade deve ser merecida, e caso não estejam satisfeitos estão prontos para mudar em busca de algo melhor.

A satisfação com o trabalho e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional são importantes e vão além da compensação monetária. Segundo um estudo, 43% dos Millennials planeia mudar de trabalho dentro de 2 anos, e 28% planeia ficar por mais de 5 anos. Além disso, veem o trabalho freelance ou projetos a curto prazo como uma alternativa viável ao tradicional full-time.

Por outro lado, um Millennial satisfeito com o seu trabalho é o melhor promotor e advogado de defesa de uma organização. Este ponto é relevante em termos de atração, tendo em conta que sendo uma das gerações mais bombardeadas com o marketing, os Millennials tornaram-se céticos, dando mais valor à opinião de amigos e conhecidos.

Não restam dúvidas que se trata de uma geração com caraterísticas únicas. Resta saber como irão continuar a mudar o mercado de trabalho à medida que ganham mais experiência e ocupam funções de liderança: irão conservar os seus valores ou sofrer uma metamorfose?