Net Zero: O futuro está próximo

Está comprovado cientificamente que a maior causa do aquecimento global é determinada pela quantidade de dióxido de carbono deitada na atmosfera pela atividade humana. O que significa que para se prevenirem mudanças climáticas catastróficas, as emissões de CO2 têm que ser severamente reduzidas. As novas tecnologias e as TIC têm uma importância relevante para a concretização deste objetivo.

O projeto Net Zero é uma realidade que está cada vez mais próxima. O “World Green Building Council” está dedicado em apoiar a transformação do mercado para edifícios autossustentáveis e sem emissões de carbono até 2050.

Mas em que consiste então um edifício à base de net zero?

É uma infraestrutura altamente eficiente em termos energéticos e totalmente equipada com fontes de energia renováveis (on-site e off-site).

Porque é que é necessário?

Esta tecnologia tem como objetivo alcançar um equilíbrio geral entre as emissões produzidas e as emissões retiradas da atmosfera. Tendo em conta que para que se dê uma estabilização climática a emissão de carbono tem que ser totalmente eliminada, pois reduzir apenas não é suficiente.

A tecnologia já consegue alcançar este objetivo em vários setores económicos. A eletricidade, o sistema de transportes, o imobiliário e vários processos industriais podem alterar a sua fonte de energia para elétrica eliminando o gás. Contudo, a aniquilação completa das emissões de carbono não é uma realidade possível devido a atividades como a agricultura e aviação. Como tal, de modo a se conseguir balançar as emissões destas indústrias, uma quantidade equivalente de CO2 precisará de ser retirada da atmosfera- emissões negativas. Alcançando assim a neutralização desejada.

Emissões Negativas

O dióxido de carbono é o único gás possível de ser absorvido da atmosfera através de dois meios: estimulando a absorção da natureza com a fotossíntese e através de tecnologias que façam o trabalho.

Tecnologias aplicadas ao projeto

O edifico net zero é um projeto que captou a atenção de tecnólogos, arquitetos e governos em todo o mundo. Para a otimização da sua eficiência energética e seleção das tecnologias adequadas é necessário fazer-se uma avaliação de ferramentas avançadas de análise de energia, efeitos de insolação, cálculos de carga e dimensionamento de HVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado). As alternativas renováveis mais utilizadas para este processo são à base de energia Fotovoltaica, Solar e Eólica.

Algumas tecnologias no âmbito das TIC que melhoram o perfil energético do edifício são: instalação de controlos digitais de infraestrutura; equipamentos inteligentes de gestão e análise de performance (data); comunicação, programação e automação dos equipamentos; sensores de luz automatizados e otimização de plug loads.

Países que estão no caminho de adotar esta iniciativa

Vários países já se comprometeram para uma economia baseada nesta mudança, estabelecendo prazos para se compatibilizarem com o acordo de Paris.

Entre estes estão Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Dinamarca, Nova Zelândia, Chile e Costa Rica- para 2050; Suécia- 2045; Islândia- 2040; Finlândia- 2035; Noruega- 2030.