As TI na prevenção do cancro da mama

As TI na prevenção do cancro da mama

A tecnologia está a dar importantes passos no contributo para a prevenção de doenças como o cancro. Em todo o mundo, os governos estão a reconhecer cada vez mais a importância das tecnologias de informação na prevenção de doenças e na melhoria geral da saúde pública.

Este mês de Outubro, mês da prevenção do cancro da mama, partilhamos as considerações divulgadas por Sowmiya Moorthie, Senior Policy Analyst (Epidemology) da PHG Foundation da Universidade de Cambridge.

Uma das principais vantagens trazidas pelas novas tecnologias é a personalização da avaliação para uma prevenção de doenças eficiente.

“A convergência da biotecnologia com a tecnologia da informação, que expande as possibilidades de personalização dos cuidados de saúde, está a liderar (esta mudança)”, explica a especialista.

A ciência – “particularmente a identificação de variações genéticas que contribuem para o risco e a ampliação do âmbito da avaliação de risco estão-se a desenvolver rapidamente”. A União Europeia está a financiar projetos como o consórcio B-CAST que examina o potencial das inovações que contribuem para a personalização da prevenção do cancro da mama. O resultado são estudos como o Personalising Prevention for Breast Cancer.

As principais conclusões deste estudo são que, apesar do desenvolvimento tecnológico, é necessário um maior número de iniciativas de políticas públicas no âmbito da saúde que apoiem intervenções mais personalizadas potenciando os benefícios das tecnologias para os indivíduos.

Do ponto de vista da tecnologia da informação, Moorthie aponta como principais fatores de oportunidades um crescente número de fontes de informação para a prevenção junto dos indivíduos, potenciada pela digitalização da própria informação. Informação que tem origem em fontes variadas como consultas clínicas, informação partilhada por Apps de Saúde cada vez mais procuradas por utilizadores ou até testes de consumidores fornecidas por empresas.

A especialista explica ainda que a implementação da inovação tecnológica e da ciência não é fácil de traduzir em políticas efetivas.

“Requer uma compreensão da ciência, do seu impacto nos departamentos do sistema de Saúde e das consequências sociais, como lacunas na acessibilidade aos vários grupos (sociais)”, explicou.