Data Scientists: nos bastidores do “emprego mais sexy do século XXI”

Data Scientists: nos bastidores do “emprego mais sexy do século XXI”

 

Considerado por alguns o emprego mais sexy do séc. XXI, para muitos ainda é difícil compreender o que é um data scientist. O que faz no dia-a-dia? Qual as competências necessárias? E será assim tão glamoroso quanto pintam?

A nível organizacional persistem questões de como os data scientists podem acrescentar valor, quais as suas funções e como se pode medir o seu desempenho.

 

Em resumo

Os data scientists são capazes de estruturar uma grande quantidade de informação, possibilitando a sua análise. Conseguem também identificar as melhores fontes de informação, criando sinergias de forma a complementar os dados. No presente, quando se fala cada vez mais de “data-driven” e do foco na informação para fazer decisões, os data scientists detêm um papel importante para dar uso aos dados que chegam cada vez em maior número e complexidade.

 

O dia-a-dia

Apesar da imagem glamorosa criada em torno da machine learning, deep learning e inteligência artificial, o verdadeiro “ganha-pão” dos data scientists passa pela recolha de informação, a construção de dashboards e relatórios, a visualização dos dados, inferências estatísticas, a comunicação dos resultados e persuasão dos decisores. No total, cerca de 80% do seu tempo é atribuído a encontrar e organizar informação, e 20% para a análise da mesma.

De acordo com Jonathan Nolis, a data science pode ser dividida em três categorias: Business intelligence – dar a informação obtida às pessoas certas, com dashboards, relatórios e emails; Decision science – usar a informação para tomar decisões; e Machine learning – colocar os modelos de data science em prática. Apesar de a maioria dos data scientists desempenhar funções que englobem as três, gradualmente também se começa a notar alguma especialização entre os profissionais.

 

O perfil

Em 2012, Thomas Davenport e Dhanurjay Patil escreviam que a competência universal dos data scientists é saber programar, mas também previam que talvez isso não fosse o mais importante.

A competência transversal é a capacidade de comunicar aquilo que os dados transmitem, de forma percetível a todos os intervenientes, seja verbal ou visualmente. O traço de personalidade comum? A curiosidade insaciável, que os leva a procurar além da superfície e encontrar diferentes perspetivas para os problemas.

As técnicas estão em constante alteração, mas estas competências perpetuam-se, e devem ser o principal foco de desenvolvimento dos interessados e recém-chegados à área.