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As alterações climáticas são tema do dia pelos piores motivos e, se por um lado urge a necessidade de reverter o processo do aquecimento global, por outro as novas tecnologias já se mobilizam para ajudar a prever catástrofes e fenómenos que se tornam cada vez mais relevantes.
É o caso da Inteligência Artificial que, segundo um novo estudo da Universidade de Chonnan na Coreia do Sul, pode prever o fenómeno do El Niño com 18 meses de antecedência. El Niño, apesar de recente, não é um fenómeno novo e é exatamente por esse motivo que a IA pode prevê-lo com maior espaço de tempo.
Esta nova tecnologia usa uma forma de Inteligência Artificial chamada de Rede Neural Convolucional (CNN), aplicada no processamento de imagens. Como explica o site Science Mag, esta rede pode por exemplo “reconhecer gatos em fotografias identificando características partilhadas por todos os gatos”.
No caso de El Niño, “os investigadores treinaram a rede neural através do histórico de imagens globais das temperaturas da superfície do mar e das profundezas dos oceanos para aprender como correspondem à futura manifestação dos fenómenos do El Niño”, explica o mesmo site especializado.
Treinar esta rede neural requer um número grande de imagens. Yoo-Geun Ham, responsável pelo estudo, explica que foram apresentados ao programa diversos modelos climáticos que permitem gerar vários milhares de simulações.
O modelo desenvolvido por Yoo-Geun Ham, conseguiu alcançar 74% de precisão quando contraposto com dados reais entre 1984 e 2017. Não é perfeito, mas é melhor que o modelo atual que só tem 56% de precisão explicou o responsável.
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